As Imagens do Amazônia 1
O satélite brasileiro Amazônia 1 já está pra lá de aprovado e declarado operacional desde 2021 tendo suas imagens já disponibilizadas de forma gratuita no portal do INPE.
Mas você já conhece o projeto, suas principais características? Então vamos conhecer um pouco mais sobre o a Missão Amazônia 1.
Conhecendo a Missão Amazonia
A Missão Amazonia irá fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento especialmente na região amazônica e, também, a diversificada agricultura em todo o território nacional com uma alta taxa de revisita, buscando atuar em sinergia com os programas ambientais existentes. Os dados gerados serão úteis para atender, ainda, outras aplicações correlatas, tais como: monitoramento da região costeira, reservatórios de água, florestas naturais e cultivadas, desastres ambientais, entre outros.
Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre.
A Missão prevê três satélites de sensoriamento remoto: Amazonia 1, Amazonia-1B e Amazonia-2, estando o primeiro em fase final de desenvolvimento.
Além dos objetivos finalísticos associados ao provimento de dados para monitoramento do meio ambiente, a Missão tem um importante objetivo do ponto de vista tecnológico: a validação da Plataforma Multimissão PMM como sistema, que será utilizada pela primeira vez no satélite Amazonia 1.
Por fim, a Missão Amazonia irá consolidar o conhecimento do Brasil no desenvolvimento integral de uma missão espacial utilizando satélites estabilizados em 3 eixos, visto que os satélites de sensoriamento remoto anteriores foram desenvolvidos em cooperação internacional com outros países.
Essa competência global em engenharia de sistemas e em gerenciamento de projetos coloca o país em um novo patamar científico e tecnológico para missões espaciais. A partir do lançamento do satélite Amazonia 1 e da validação em voo da PMM, o Brasil terá dominado o ciclo de vida de fabricação de sistemas espaciais para satélites estabilizados em três eixos.
Isso significa autonomia para atuar em missões dessa categoria e capacitação para avançar para outros tipos de missão. Significa também a possibilidade de trabalhar em todas as etapas e em todos os subsistemas de uma missão dentro de parcerias nacionais.
Além disso, a disponibilidade de uma plataforma (PMM) qualificada em voo permitirá seu reuso em outras missões, nacionais ou em parceria internacional.
Finalmente, a indústria espacial brasileira terá ganho herança de voo nos equipamentos fabricados para o satélite, o que abre perspectivas para fornecimento a outros países e agências espaciais.
Sobre o Satélite
O Amazonia 1 é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Com lançamento previsto para 2020, o Amazonia 1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar) que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível – VIS e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared ou NIR) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 60 metros de resolução.
Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações como alerta de desmatamento na Amazônia, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na região.
Os satélites da série Amazonia serão formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissão (PMM), e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravação e tra
Ganhos Tecnológicos
Os principais ganhos tecnológicos decorrentes da Missão Amazonia 1 são:
- A validação da Plataforma Multimissão (PMM) como sistema, gerando confiabilidade e reduções significativas de prazos e custos para o desenvolvimento de futuras missões de satélites baseados na Plataforma Multimissão;
- Consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites estabilizados em 3 eixos, ganhando também maturidade nas atividades de integração e testes de satélites;
- Capacitação no subsistema de Controle de Atitude e Órbita e Supervisão de Bordo, a partir da experiência do contrato com transferência de tecnologia com a Argentina;
- Desenvolvimento na indústria nacional dos mecanismos de abertura do Painel Solar, que nos satélites da série CBERS foram fornecidos pela China;
- Desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional, embora utilizando partes adquiridas no exterior;
- Capacitação do país na realização de operações iniciais pós lançamento (LEOP);
- Consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade;
- Consolidação e aquisição de experiência nas tomadas de decisões e ações em condições criticas de operação;
- Aquisição de experiência na execução de operações para encerramento do ciclo de vida da missão.
Fonte: reprodução INPE, disponível em http://www.inpe.br/amazonia1/
Confira esta Seleção de Livros de Geoprocessamento!!
Amplie e aprofunde um pouco mais seu conhecimento no geoprocessamento e suas aplicações!!!
Categorias
Menu